Análise Detalhada
1. Atualização Fusaka (3 de dezembro de 2025)
Visão Geral
O hard fork Fusaka introduz o PeerDAS (Peer Data Availability Sampling), que aumenta em 10 vezes a capacidade de dados do Ethereum. Essa atualização eleva o número de blobs por bloco de 6 para 14, beneficiando diretamente soluções Layer 2 como Arbitrum e Optimism. Após a Fusaka, a expectativa é que as transações por segundo (TPS) em Layer 2 ultrapassem 12.000 até 2026.
O que isso significa
Positivo para o ETH: reduz os custos dos rollups e melhora o desempenho da rede, o que pode aumentar a adoção de dApps baseados em Ethereum. O risco está em possíveis atrasos nos testes em testnets (Holešky: 1º de outubro, Sepolia: 14 de outubro), o que pode impactar o cronograma da mainnet.
2. Integração zkEVM (4º trimestre de 2025 a 2º trimestre de 2026)
Visão Geral
Será integrado um zkEVM nativo (Ethereum Virtual Machine com provas de conhecimento zero) no Layer 1, permitindo a verificação em tempo real das provas ZK. As metas incluem verificar 99% dos blocos em menos de 10 segundos e reduzir os custos das provas ZK em 80% (Binance News).
O que isso significa
Positivo para o ETH: melhora a privacidade e a escalabilidade para instituições, tornando o Ethereum mais competitivo frente a blockchains rápidas como Solana. Um ponto negativo é que a adoção ampla de hardware ZK é necessária para evitar centralização.
3. Arquitetura de Execução RISC-V (final de 2025 a 2030)
Visão Geral
A substituição da EVM por um sistema baseado em RISC-V visa aumentar a eficiência dos contratos inteligentes em 3 a 5 vezes e reduzir as taxas de gás em 50 a 70%. Essa arquitetura open-source suportará inferência de IA e jogos em tempo real diretamente na blockchain.
O que isso significa
Neutro a positivo: o desenvolvimento longo (mais de 5 anos) limita o impacto imediato, mas pode abrir novas possibilidades, como negociações descentralizadas de alta frequência.
4. Resistência Quântica (2026 a 2035)
Visão Geral
Parte do “Ethereum Lean Plan”, essa iniciativa foca em criptografia pós-quântica para proteger a rede contra ataques de computadores quânticos avançados. O objetivo é garantir 100% de disponibilidade mesmo sob condições adversas (CoinMarketCap).
O que isso significa
Positivo para o ETH: posiciona o Ethereum como uma camada de liquidação segura a longo prazo. No entanto, a complexidade da implementação pode atrasar outras atualizações do roadmap.
5. Fork Glamsterdam (2026)
Visão Geral
Prevê-se a introdução da EIP-7782, que reduzirá a latência dos blocos em 50%, além de aumentar os limites de gás para cerca de 150 milhões. Essa atualização seguirá a Fusaka, mantendo o ritmo semestral de melhorias do Ethereum.
O que isso significa
Positivo para o ETH: finalização mais rápida e melhor experiência para traders DeFi. O desafio será equilibrar maior capacidade com a manutenção da descentralização.
Conclusão
O roadmap do Ethereum equilibra soluções imediatas de escalabilidade (Fusaka, zkEVM) com apostas de longo prazo em resistência quântica e arquitetura RISC-V. A rede está se posicionando para ser uma “exportadora de segurança” para as Layer 2, enquanto fortalece sua camada base contra ameaças futuras.
Como o papel em evolução do Ethereum como camada de liquidação impactará sua dominância frente a concorrentes modulares?