Resumo
O preço do Merlin Chain (MERL) depende da adoção do Bitcoin L2, do desbloqueio dos tokens e da integração com DeFi.
- Crescimento do Ecossistema – Novos rendimentos de staking em BTC e integrações entre blockchains podem aumentar a demanda.
- Desbloqueio de Tokens – Tokens no valor de US$ 319 milhões para investidores privados começam a ser liberados no final de 2025, o que pode gerar pressão de venda.
- Mudanças Regulatórias – Regras para stablecoins nos EUA podem afetar o fluxo de liquidez em protocolos BTCfi.
Análise Detalhada
1. Expansão do Ecossistema (Impacto Positivo)
Visão Geral: A integração do Merlin com a rede Sui, prevista para agosto de 2025 (Merlin Chain), permitirá que o M-BTC, um token lastreado em Bitcoin, gere rendimentos em diferentes blockchains. Isso complementa o lançamento em junho do staking de BTC com rendimento de 21% (CoinMarketCap), que chegou a bloquear US$ 3,8 bilhões em BTC no seu auge.
O que isso significa: A utilidade entre diferentes blockchains reduz a dependência do MERL apenas da atividade nativa do Bitcoin L2. Se o TVL (valor total bloqueado) de US$ 1,6 bilhão em DeFi da Sui absorver apenas 5% do BTC do Merlin, isso pode gerar uma demanda constante para o MERL como token de governança e para pagamento de taxas.
2. Riscos do Desbloqueio de Tokens (Impacto Negativo)
Visão Geral: 15,23% do fornecimento total de MERL (319,8 milhões de tokens) destinados a investidores privados começarão a ser liberados em dezembro de 2025 para o Tipo A (com carência de 6 meses) e em junho de 2026 para o Tipo B (com carência de 12 meses). Os primeiros investidores adquiriram os tokens por cerca de US$ 0,02, enquanto o preço atual está em US$ 0,156.
O que isso significa: Dados históricos mostram que altcoins costumam cair entre 20% e 40% em torno de grandes eventos de desbloqueio. Com cerca de US$ 49,8 milhões em tokens do Tipo A podendo chegar ao mercado no primeiro trimestre de 2026, a inflação da oferta pode testar a resistência do preço.
3. Incertezas Regulatórias (Impacto Misto)
Visão Geral: A lei GENIUS dos EUA (CoinEx) exige reservas 1:1 para stablecoins, o que pode reduzir a liquidez em protocolos BTCfi. No entanto, o modelo do Merlin, focado em ativos nativos do Bitcoin, evita o rótulo de “security” que afeta L2s baseados em Ethereum.
O que isso significa: Regras mais rígidas para stablecoins podem diminuir temporariamente o TVL do Merlin (atualmente US$ 343 milhões), mas seu foco em ativos nativos do Bitcoin oferece uma proteção regulatória maior em comparação com concorrentes que usam USD sintético.
Conclusão
A trajetória do MERL no médio prazo depende do equilíbrio entre a inovação no ecossistema e a volatilidade causada pelo desbloqueio dos tokens. A integração com a Sui e a dominância do Bitcoin no mercado (57,89%) são fatores positivos, mas o desbloqueio em dezembro representa um desafio. A pergunta-chave é: o Merlin conseguirá incentivar atividade suficiente de desenvolvedores com seus 40% de tokens destinados ao ecossistema (840 milhões de tokens) para compensar a pressão de venda dos investidores? É importante acompanhar o número de endereços ativos diariamente — uma alta sustentada acima de 50 mil indicaria uma adoção orgânica superando a diluição.